Questões Vol 4 - Doenças da Mama, Doenças malignas e benignas dos Ovários Flashcards

1
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – SP

1 – Paciente assintomática de 44 anos de idade tem diagnóstico de carcinoma ductal in situ multicêntrico à esquerda. Exame físico normal. Qual a melhor conduta cirúrgica?

a) Quadrantectomia com esvaziamento axilar.
b) Mastectomia com esvaziamento axilar.
c) Quadrantectomia com biópsia do linfonodo sentinela.
d) Mastectomia com biópsia do linfonodo sentinela.
e) Setor retroareolar com esvaziamento axilar.

A

A questão descreve uma paciente assintomática de 44 anos de idade com diagnóstico de carcinoma ductal in situ multicêntrico à esquerda, com exame físico normal e deseja saber qual é a melhor conduta cirúrgica. Convém lembrar que a multicentricidade é caracterizada por 2 ou mais focos em diferentes quadrantes da mesma mama ou distância entre os focos maiores do que 5 cm, ou seja, focos neoplásicos múltiplos, independentes, identificados no mesmo tecido. Analisando cada uma das alternativas para chegar à resposta:

Letras A, C e E: incorretas, pois a doença multicêntrica é contraindicação para o tratamento com cirurgia conservadora.

Letra B: incorreta, pois se pode indicar a biópsia de linfonodo sentinela, já que a axila é clinicamente negativa. Neste contexto, o esvaziamento axilar completo só estará indicado caso o linfonodo sentinela evidencie invasão tumoral.

Letra D: correta, pois, como explicado anteriormente, em pacientes com axilas sem alterações ao exame físico, submetidas à mastectomia, pode-se indicar a biópsia do linfonodo sentinela.

Resposta: letra D.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP – SP 2 – Mulher, 56a, casada, G3P3A0, com menopausa aos 50 anos, sem uso de medicamentos, fumante. Vem à consulta por sangramento vaginal intermitente há um mês. Exame ginecológico: toque vaginal: anexo esquerdo móvel, aumentado com 7 cm em seu maior diâmetro; especular: vagina eutrófica, colo centrado, epitelizado. Ultrassonografia transvaginal: útero sem alterações de morfologia, com linha endometrial de 8 mm; ovário direito normal, e presença de tumoração sólida à esquerda, irregular de 8 cm x 6 cm x 6 cm, hipervascularizada ao Doppler. Biópsia endometrial com Pipelle: endométrio proliferativo. A CONDUTA É: a) Dosagem de marcadores tumorais CA-125, CEA, alfafetoproteína e CA-19.9. b) Histeroscopia e ressonância magnética. c) Laparotomia exploradora com avaliação histológica intraoperatória. d) Histerectomia abdominal com salpingo-ooforectomia bilateral.

A

Questão que, a princípio, parece ser sobre câncer de endométrio. Porém, ao ler com atenção o enunciado, percebemos se tratar de uma questão de tumor de ovário. Ela descreve o quadro de paciente, na pós-menopausa, sem uso de medicamentos, fumante, com queixa de sangramento vaginal intermitente há um mês. Durante o exame ginecológico, o toque vaginal demonstra anexo esquerdo móvel, aumentado com 7 cm em seu maior diâmetro; o exame especular: vagina eutrófica, colo centrado, epitelizado. A ultrassonografia transvaginal evidenciou útero sem alterações de morfologia, com linha endometrial de 8 mm; ovário direito normal, e presença de tumoração sólida à esquerda, irregular de 8 cm x 6 cm x 6 cm, hipervascularizada à dopplerfluxometria. A biópsia endometrial com Pipelle demonstrou endométrio proliferativo. Vale lembrar que a paciente não faz uso de terapia hormonal para justificar o efeito estrogênico evidenciado no endométrio. Assim, é legítimo considerar que a tumoração evidenciada no ovário esquerdo corresponde a um tumor ovariano produtor de hormônios, que gerou alteração endometrial e sangramento uterino anormal na pós-menopausa. Pensando em um tumor produtor de estrogênios, devemos lembrar que eles são representados pelos tumores da teca-granulosa, geralmente malignos de baixo grau. 2/3 dos casos apresentam-se em pacientes na pós-menopausa e, raramente, são bilaterais. Possuem importância clínica não somente por serem tumores malignos, mas também por terem capacidade de secretar grandes quantidades de estrogênio, o que leva a uma série de consequências clínicas, como por exemplo, aumento do risco de hiperplasia endometrial e câncer de endométrio. O tratamento cirúrgico unilateral com biópsia de congelação é o tratamento de escolha. Vale lembrar que o estadiamento do câncer de ovário é CIRÚRGICO! Nesses casos, a doença é “estadiada” e tratada ao mesmo tempo. É importante ressaltar que a laparotomia ainda é o padrão-ouro no tratamento cirúrgico do câncer de ovário, apesar da laparoscopia não ser contraindicada. Portanto, a melhor conduta e, consequentemente, a resposta da questão é a laparotomia exploradora com avaliação histológica intraoperatória. Resposta: letra C.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RJ 3 – O marcador sérico que pode estar aumentado no carcinoma endometrioide avançado ou metastático é: a) CA-19.9. b) CA-27.29. c) CA-125. d) CEA.

A

O CA-125 é o marcador mais empregado no estudo dos carcinomas epiteliais de ovário, como o seroso e o endometrioide, com dosagens elevadas em cerca de 80% dos casos. Entretanto, o CA-125 possui sensibilidade e especificidade baixas, que não permitem sua utilização como método isolado de rastreamento, pois se encontra em níveis elevados em diversas condições. Pode estar aumentado em afecções benignas, como endometriose, doença inflamatória pélvica, leiomioma uterino, adenomiose, gravidez e também em outras malignidades, como de endométrio, cólon, pulmão e estômago. Por outro lado, sua dosagem elevada, quando associada à imagem ultrassonográfica anexial sugestiva de malignidade, tem grande especificidade para lesões malignas ovarianas. O enunciado da questão não menciona se o carcinoma endometrioide é de ovário ou de endométrio, mas nas duas situações clínicas, há elevação do CA-125. O CA-19.9 (letra A) e o CEA (letra D) estão aumentados mais frequentemente nos tumores mucinosos, enquanto o CA-27.29 (letra B) está aumentado no câncer de mama. Resposta: letra C.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RJ 4 – Em mulheres que apresentam descarga papilar unilateral, espontânea, sanguinolenta e oriunda de único ducto, o diagnóstico mais frequente é: a) Câncer de mama. b) Papiloma intraductal. c) Doença fibrocística mamária. d) Abscesso não lactacional.

A

A questão deseja saber qual é o diagnóstico mais frequente em mulheres que apresentam descarga papilar unilateral, uniductal, espontânea e sanguinolenta. Analisando cada uma das alternativas para chegar à resposta: Letra A: incorreta, pois o câncer de mama geralmente causa derrame papilar quando associado a um nódulo. Além disso, a descarga papilar espontânea, uniductal, aquosa (água de rocha) ou sanguínea possui maior valor preditivo positivo para o câncer de mama. Letra B: correta, pois a principal causa de descarga papilar sanguinolenta (50% dos casos) ou serossanguinolenta (50% dos casos) é o papiloma intraductal, que corresponde a um tumor da árvore ductal que acomete, principalmente, os ductos subareolares principais. Ele é relativamente frequente, solitário, normalmente não excede 2 a 3 mm e se localiza nos ductos terminais. Pode gerar nódulo subareolar palpável e, em alguns casos, visível. A ausência de nódulo palpável fortalece esta hipótese diagnóstica. Letra C: incorreta, pois a doença fibrocística mamária, mais corretamente denominada de Alteração Funcional Benigna da Mama (AFBM), apresenta descarga papilar amarelo-esverdeada espessa. Letra D: incorreta, pois o abscesso não lactacional produz descarga purulenta. Resposta: letra B.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ 5 – Os sinais e sintomas das patologias das mamas podem ser influenciados pela dinâmica funcional destas, em resposta às variações hormonais próprias da mulher no menacme. Em relação à alteração funcional benigna das mamas, é CORRETO afirmar que: a) Está relacionada à funcionalidade do órgão e não reflete doença na mama. b) Mesmo benigna, pode ser definida como fator de risco para câncer de mama. c) Mesmo benigna, se transforma em fator impeditivo de diagnóstico dos cânceres de mama. d) Pode ser indicativa de maior agressividade do câncer de mama quando associada com a neoplasia maligna da mama.

A

A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA em relação à Alteração Funcional Benigna das Mamas (AFBM). As AFBM representam as alterações mais frequentes da mama e caracterizam três espectros clínicos que se associam em graus variados: dor mamária cíclica, adensamentos e cistos, representando as alterações mais frequentes da mama. O pico de incidência ocorre dos 25 aos 45 anos. Analisando cada uma delas para chegar na resposta: Letra A: correta, pois as AFBM são relacionadas à funcionalidade das mamas e, portanto, representam uma condição fisiológica e não uma doença das mamas. Letra B: incorreta, pois as AFBM são consideradas alterações não proliferativas das mamas e, portanto, sem risco aumento para carcinoma invasivo das mamas. Letras C e D: incorretas, pois as AFBM não apresentam qualquer relação com dificuldade no diagnóstico de câncer de mama ou mesmo de maior agressividade do câncer de mama. Resposta: letra A.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ 6 – Não há mais dúvidas de que o rastreio mamográfico é fator, por si só, determinante na diminuição da mortalidade por câncer de mama. Exames populacionais (abrangentes, perenes e de qualidade) podem detectar a maioria dos cânceres de mama em fase inicial. Assim, é CORRETO afirmar que: a) A mamografia periódica é o principal método diagnósticopara o rastreio do câncer de mama. b) A ultrassonografia mamária é o método de imagem com maior especificidade e sensibilidade para o rastreio das lesões iniciais de câncer de mama. c) Inúmeras evidências científicas demonstram que o autoexame das mamas é capaz de ter um impacto significativo sobre a mortalidade por câncer de mama. d) A sensibilidade e especificidade da mamografia no rastreamento do câncer de mama não são influenciados por fatores relacionados com a paciente.

A

A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA em relação à propedêutica do câncer de mama. Vamos analisar cada uma para chegar na resposta: Letra A: correta, pois a Mamografia (MMG) é o único exame utilizado para rastreamento, com capacidade de detectar lesões não palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. Letra B: incorreta, pois, como foi anteriormente citado, é a mamografia que tem a maior capacidade de detectar lesões não palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. Letra C: incorreta, pois o Ministério da Saúde não recomenda o ensino do Autoexame das Mamas (AEM) como método de rastreamento do câncer de mama (recomendação contrária fraca: os possíveis danos provavelmente superam os possíveis benefícios). O AEM não tem impacto sobre a mortalidade por câncer de mama. Apenas a MMG possui! Letra D: incorreta, pois alguns fatores interferem na sensibilidade da MMG, a saber: erro de posicionamento da paciente; baixa qualidade da MMG; erro na interpretação do exame; mamas densas; tamanho da lesão mamária; lesão com características radiológicas equivalentes às do tecido normal. Os três últimos estão relacionados com a paciente! Resposta: letra A.

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7
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO – RJ 7 – Paciente apresenta uma mamografia classificada como BI-RADS 0. Nesse caso, a equipe de saúde da família deve: a) Encaminhar a paciente ao mastologista. b) Informar que está tudo bem e repetir exames anualmente. c) Realizar outros exames para elucidar esse exame inconclusivo. d) Informar que está tudo bem e repetir exames a cada dois anos.

A

A questão deseja saber qual é a conduta subsequente diante de um laudo mamográfico categoria 0 de BI-RADS. Mas o que este achado representa? A categoria 0 descreve um laudo mamográfico inconclusivo. Em alguns casos são necessárias incidências mamográficas adicionais (magnificação ou compressão localizada), complementação com outros métodos de imagem (ultrassonografia ou ressonância magnética das mamas) ou comparação com exames anteriores. Agora ficou fácil. Um laudo mamográfico categoria 0 de BI-RADS impõe a necessidade da realização de outros exames para a elucidação diagnóstica, pois se trata de um resultado inconclusivo. Resposta: letra C.

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8
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ 8 – Em exame ultrassonográfico das mamas, o sinal suspeito de malignidade é a presença de: a) Nódulos arredondados ou lobulados. b) Nódulos hipoecoicos com orientação paralela à pele. c) Nódulo de conteúdo homogêneo e de margens circunscritas. d) Nódulos com reforço acústico posterior e/ou sombra acústica bilateral. e) Nódulo mais alto do que largo, com forma irregular e sombra acústica posterior.

A

A questão deseja saber qual das alternativas apresenta um sinal suspeito de malignidade em exame ultrassonográfico das mamas. Os achados ultrassonográficos sugestivos de malignidade incluem margens irregulares, hipoecogenicidade e textura heterogênea, diâmetro craniocaudal (anteroposterior) maior do que o diâmetro laterolateral (nódulo “mais alto que largo”) e presença de sombra acústica posterior. Já os achados sugestivos de benignidade incluem ecogenicidade homogênea, bordas bem delimitadas, pseudocápsula ecogênica fina, diâmetro laterolateral maior que o craniocaudal, sombras laterais à lesão e reforço acústico posterior. Resposta: letra E.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO – SP 9 – Mulher, 45 anos, realizou ultrassonografia transvaginal na qual foi detectada uma massa anexial direita de 5 cm no maior diâmetro, com conteúdo sólido-cístico à custa de 5 papilas, com o diâmetro de 10 mm cada. Além disso, observam-se áreas hiperecogênicas em seu interior com a formação de sombra acústica posterior. Em complemento o estudo Doppler não mostrou presença de fluxo sanguíneo. São características suspeitas de malignidade os seguintes achados ultrassonográficos: a) Diâmetro de 5 cm. b) Ausência de fluxo ao Doppler. c) Massa anexial à direita. d) Presença das 5 papilas. e) Conteúdo sólido cístico e a presença de sombra acústica posterior.

A

A questão deseja saber qual das características descritas no enunciado a respeito de uma massa anexial direita são suspeitas de malignidade. Analisando cada uma das alternativas para chegar na resposta: Letra A: incorreta, pois é o diâmetro maior que 8 cm que sugere malignidade e não de 5 cm. Letra B: incorreta, pois a ausência de fluxo à dopplerfluxometria descarta a presença de neovascularização, a qual corresponde ao fluxo de baixa resistência à dopplerfluxometria, que é o achado que sugere malignidade. Letra C: incorreta, pois a localização da massa à direita ou à esquerda não sugere benignidade e nem malignidade. Letra D: correta, pois a presença de papilas intracísticas é muito comum em tumores potencialmente malignos. Letra E: incorreta, pois embora a sombra acústica posterior seja um achado de suspeição, o conteúdo sólido-cístico não é um achado indicativo de malignidade, pois, inclusive, pode estar presente em tumores ovarianos benignos, como o teratoma cístico benigno ou teratoma maduro ou cisto dermoide, que é um tumor das células germinativas benigno. Resposta: letra D.

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10
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – SP 10 – Mulher de 20 anos apresenta nódulo na mama esquerda há 12 meses, indolor, sem crescimento nesse período. Exame físico: nódulo de 2 cm de diâmetro no quadrante superior interno da mama esquerda, consistência firme e superfície lisa e móvel. O diagnóstico clínico CORRETO é: a) Hamartoma. b) Cisto. c) Fibroadenoma. d) Tumor filodes.

A

A questão deseja saber qual é o provável diagnóstico clínico em uma mulher de 20 anos com nódulo de 2 cm no quadrante superior interno da mama esquerda, indolor, sem crescimento no período de um ano, com consistência firme, superfície lisa e móvel. Analisando cada uma das alternativas para chegar à resposta: Letra A: incorreta, pois o hamartoma corresponde a um tumor benigno que se manifesta com maior frequência na terceira e quarta décadas de vida e é formado por uma quantidade variável de tecido glandular, gordura e tecido conectivo fibroso. Clinicamente, são macios, com textura semelhante à do parênquima e muito semelhante aos lipomas. Letra B: incorreta, pois os cistos são tumores de aparecimento rápido, móveis, elásticos, geralmente indolores e mais frequentes nas porções centrais da mama. Comumente, aparecem a partir dos 35 anos, mas sua incidência máxima ocorre entre os 40 e 50 anos. Podem ser impalpáveis ou apresentarem variação de tamanho, tanto aumentando quanto diminuindo de tamanho. Letra C: correta, pois o fibroadenoma é o tumor benigno mais prevalente da mama feminina, cuja manifestação clínica mais comum é a de um tumor palpável que, geralmente, acomete pacientes entre 20 e 35 anos, justamente a faixa etária da paciente do enunciado e se apresenta como um tumor palpável de consistência fibroelástica, móvel, indolor, de 2 ou 3 cm em seu maior diâmetro, com rápido crescimento inicial que, posteriormente, se estabiliza. Esta descrição é exatamente igual à do enunciado. Letra D: incorreta, pois o tumor filoide é relativamente raro, acometendo pacientes entre a 3a e 5a década de vida e distinguem-se pelo seu crescimento rápido, grande volume e tendência a recorrência local. Convém lembrar que se distinguem do fibroadenoma pelo estroma hipercelular. Resposta: letra C.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS – SP 11 – Mulher de 55 anos de idade fez mamografia de rotina que mostrou nódulo irregular de 1,5 cm em quadrante superolateral esquerdo da mama direita, não palpável. Não há linfonodos axilares palpáveis. A biópsia percutânea mostrou carcinoma ductal invasivo. O passo seguinte é realizar: a) Quadrantectomia com biópsia de linfonodo sentinela. b) Setorectomia com congelação de margens. c) Mastectomia poupadora de pele. d) Quimioterapia neoadjuvante e cirurgia a seguir.

A

A questão trata de uma mulher de 55 anos, com nódulo irregular único na mama direita, de 1,5 cm e impalpável, cujo estudo histopatológico evidenciou carcinoma ductal invasivo. Ela deseja saber qual é a conduta terapêutica indicada para este caso. Levando em consideração que se trata de um tumor único menor que 2 cm, ou seja, um T1, a paciente é candidata à cirurgia conservadora. E convém lembrar que a cirurgia conservadora só pode ser realizada se o nódulo ocupar no máximo 20% do tamanho da mama. Analisando as alternativas, apenas duas delas apresentam opções de cirurgias conservadoras: a letra A (quadrantectomia) e a letra B (setorectomia). Nesta situação, como se trata de um carcinoma infiltrante, há indicação de abordagem axilar. Como não há linfonodos axilares palpáveis, é preferível a realização da biópsia de Linfonodo Sentinela (LS) ao esvaziamento axilar clássico, o qual só deve ser realizado quando a biópsia de LS não estiver disponível ou apresentar alguma contraindicação. Como a letra B não inclui a abordagem axilar e só apresenta a setorectomia, ou seja, a ressecção do setor que engloba o tumor, com margem de segurança de pelo menos 1 cm, é possível descartá-la como resposta da questão. Assim, pelos motivos expostos anteriormente, apenas a letra A, que combina a cirurgia conservadora com a biópsia de linfonodo sentinela, poderia responder à questão. Vale salientar que a quadrantectomia consiste na ressecção de qualquer setor mamário que engloba o tumor, com ampla margem de segurança, da pele suprajacente e da aponeurose do músculo grande peitoral subjacente. Resposta: letra A.

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12
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RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP 12 – Mulher de 42 anos de idade refere saída de secreção mamilar há 2 meses. Deve-se suspeitar de papiloma ou carcinoma ductal se o fluxo for: a) Uniductal, espontâneo, hialino. b) Multiductal, espontâneo, leitoso. c) Unilateral, provocado, amarelado. d) Bilateral, espontâneo, branco.

A

A questão deseja saber que características de uma descarga papilar levantam a suspeita de um papiloma ou carcinoma ductal em uma mulher de 42 anos de idade. São características suspeitas no quadro de descarga papilar: - Descarga espontânea; - Unilateral; - Uniductal; - Hemorrágica ou sero-hemorrágica: nos leva a pensar em papiloma; - Cristalina ou água de rocha: nos direciona a cogitar um carcinoma; - Associada a um nódulo; - Em pacientes idosas ou do sexo masculino. Resposta: letra A.

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13
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RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL MUNICIPAL DR. MÁRIO GATTI – SP 13 – Mulher, pele negra, 40 anos, fumante, obesa, apresenta massa mamária indolor que cresceu lentamente nos últimos meses. Nota-se uma massa de 1 cm no quadrante superior externo de sua mama esquerda. Axilas e mama direita normais. Não há retração cutânea nem adenopatia. PAAF revela células malignas. A próxima etapa mais adequada a ser realizada é: a) PET-scan e RM do cérebro. b) Biópsia central com agulha de massa. c) Mastectomia radical modificada. d) Mastectomia total.

A

A questão deseja saber qual é a próxima etapa mais adequada a ser realizada em uma mulher da raça negra, de 40 anos, tabagista, obesa, com nódulo mamário indolor que cresceu lentamente nos últimos meses. O exame físico evidenciou um tumor de 1 cm no quadrante superior externo de sua mama esquerda, que foi submetido à Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), cujo estudo citológico evidenciou células malignas. Convém lembrar que a citologia isolada não fornece diagnóstico confirmatório de câncer, pois não é capaz de avaliar a invasão tumoral, logo, não encerra a investigação de um nódulo suspeito. No caso da PAAF demonstrar células malignas, o diagnóstico precisa ser confirmado por estudo histopatológico. Portanto, estaria indicada a biópsia central com agulha de massa (letra B) para obtenção de material para este fim. PET-scan e RM do cérebro (letra A) não estão indicados, pois não fazem parte do rastreamento inicial do câncer de mama. São empregados para avaliação de metástases no câncer de mama. A mastectomia (letras C e D) representa uma das opções terapêuticas no manejo cirúrgico do câncer de mama, mas só pode ser indicada após confirmação histopatológica da malignidade e nos casos em que a cirurgia conservadora não é possível. Assim, ela jamais estará indicada sem a realização prévia da biópsia da lesão. Resposta: letra B.

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14
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA – SP 14 – Mulher com hirsutismo apresenta as seguintes características: testosterona 2,5 vezes acima do limite superior da normalidade; SDHEA normal; hirsutismo de evolução rápida; aumento de clitóris. Deve-se suspeitar de: a) Tumor de suprarrenal. b) Síndrome dos ovários policísticos. c) Hiperplasia congênita da suprarrenal. d) Tumor de ovário.

A

A questão trata de uma paciente com aumento súbito e de evolução rápida da testosterona, acompanhado de hirsutismo e virilização, com aumento do clitóris e deseja saber qual deve ser a suspeita diagnóstica diante desta apresentação clínica. Analisando cada uma das alternativas para chegar à resposta da questão: Letra A: incorreta, pois no caso de tumor de suprarrenal, geralmente, ocorre aumento da SDHEA. Letra B: incorreta, pois na SOP o hiperandrogenismo pode ocorrer, mas geralmente é um quadro crônico, arrastado e não de evolução rápida. Além disso, não há sinais de virilização. Letra C: incorreta, pois a hiperplasia congênita suprarrenal também não apresenta evolução rápida e súbita. Letra D: correta, pois, diante da apresentação do quadro no enunciado, o diagnóstico mais provável é um tumor de ovário produtor de androgênio. Resposta: letra D.

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15
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL POLICLIN – SP 15 – Na propedêutica mamária, denomina-se triplo teste diagnóstico, além do exame físico: a) A mamografia e a core biopsy. b) A ultrassonografia e a mamografia. c) A mamografia e a punção aspirativa por agulha fina. d) A mamografia e a biópsia incisional. e) Nenhuma das anteriores.

A

Na propedêutica mamária, principalmente de nódulos palpáveis, o que se denomina de teste triplo é o trio composto pelo exame físico das mamas, Mamografia (MMG) e Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF). O Exame Clínico das Mamas (ECM) é o procedimento realizado para avaliar sinais e sintomas referidos por pacientes a fim de realizar o diagnóstico diferencial entre alterações suspeitas de câncer e aquelas relacionadas a condições benignas. A MMG é o método principal e seguro de auxílio ao exame clínico no câncer de mama. É considerada de rastreamento quando solicitada para mulheres da população-alvo sem sinais e sintomas de câncer de mama. E é diagnóstica quando solicitada para pessoas de qualquer idade com sinais e sintomas de câncer de mama (nódulo, espessamento, descarga papilar, retração de mamilo, outras). Por fim, a PAAF, de acordo com os livros didáticos, é o primeiro passo na investigação dos nódulos mamários, pois diferencia IMEDIATAMENTE as lesões císticas das lesões sólidas. Resposta: letra C.

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16
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS – RJ 16 – Sobre o câncer de mama é INCORRETO afirmar que: a) As pacientes portadoras das mutações (deleções gênicas BRCA1 e BRCA2) têm maior risco de desenvolver câncer de mama. b) A menopausa precoce parece proteger contra o desenvolvimento desta neoplasia. c) Câncer de mama costuma surgir no quadrante superior interno, onde a proporção de tecido mamário é maior. d) Carcinoma ductal infiltrante verdadeiro representa 80% dos tumores invasivos. e) Câncer de mama metastatizar para qualquer órgão e até 85% das mulheres com doença a distância têm acometimento ósseo, pulmonar ou hepático.

A

A questão deseja saber qual é a alternativa INCORRETA sobre o câncer de mama. Vamos analisar cada uma delas para chegar à resposta: Letra A: correta, pois já é notório que mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 aumentam o risco de câncer de mama. Letra B: correta, pois é a menopausa tardia (> 55 anos) que é fator de risco para desenvolvimento do câncer de mama. A menopausa precoce não chega a ser um fator de proteção, mas certamente não é um fator de risco. Letra C: incorreta, pois o câncer de mama é mais comum no quadrante superior externo, onde há maior concentração de parênquima mamário. Letra D: correta, pois o carcinoma ductal infiltrante representa 70 a 80% dos tumores invasivos. Letra E: correta, pois, de fato, 85% das mulheres com doença à distância tem acometimento ósseo, pulmonar ou hepático. Resposta: letra C.

17
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS – RJ 17 – De acordo com o sistema de estadiamento de câncer de mama da AJCC 2002, marque o item CORRETO: a) Tumor > 5 cm é classificado como T2. b) Tumor com extensão para pele com ulceração é classificado como T4a. c) Carcinoma inflamatório é classificado como T4d. d) Metástase para 1-3 linfonodos axilares é considerado N1b. e) Metástase para linfonodos supraclaviculares ipsilaterais é classificado como M1.

A

Questão “decoreba” sobre o sistema de estadiamento TNM para o câncer de mama da AJCC 2002, que deseja saber qual das alternativas é CORRETA. Analisando cada uma delas para chegar à resposta da questão: Letra A: incorreta, pois o tumor maior do que 5 cm é classificado como T3. Letra B: incorreta, pois o tumor com extensão para pele com ulceração é T4b. Letra C: correta e é o gabarito. O carcinoma inflamatório é classificado como T4d. Letra D: incorreta, pois a classificação N1b consiste no envolvimento dos linfonodos mamários internos, que não foram diagnosticados clinicamente, apenas após análise microscópica dos linfonodos sentinelas. Letra E: incorreta, pois a metástase para linfonodos supraclaviculares ipsilaterais é classificada como N3c. Enquanto, o M1 consiste na metástase a distância. Resposta: letra C.

18
Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA DE CAMPOS – RJ 18 – A consequência de ruptura do cistoadenoma mucinoso para cavidade abdominal é: a) Pseudomixoma peritoneal. b) Ascite e hidrotórax (Meigs). c) Disseminação de células malignas. d) Ascite.

A

A questão deseja saber qual é consequência da rotura do cistoadenoma mucinoso para cavidade abdominal. Trata-se de um tumor de linhagem epitelial que representa 15% dos tumores benignos. Geralmente, são mais volumosos que os tumores serosos, constituindo os grandes tumores abdominais. São geralmente multilobulados, císticos, de conteúdo mucoide e acastanhados ao corte. Analisando cada uma das alternativas para chegar à resposta da questão: Letra A: correta, pois uma complicação que foi associada a estes tumores é o pseudomixoma peritoneal, caracterizado pela secreção exacerbada de material mucinoso e gelatinoso, levando à formação de ascite, a qual recidiva com frequência após o tratamento cirúrgico. Vale salientar que essa complicação é mais comum nos carcinomas mucinosos do que nos cistoadenomas mucinosos. Letra B: incorreta, pois a síndrome de Meigs se caracteriza pela presença de derrame pleural e ascite associada a um tumor benigno do ovário, principalmente o fibroma. Letra C: incorreta, pois o cistoadenoma mucinoso é um tumor epitelial benigno e, portanto, sua rotura não implica em disseminação de células malignas. Letra D: incorreta, pois a ascite não se associa aos cistoadenomas mucinosos. Resposta: letra A.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) FUNDAÇÃO JOÃO GOULART – HOSPITAIS MUNICIPAIS – RJ 19 – Paciente, 34 anos de idade, procura ambulatório de mastologia queixando-se de “ferida na mama que cura e piora várias vezes”. Relata ter percebido a primeira lesão há mais ou menos 5 anos. Ao exame, observa-se cicatriz no mamilo, com destruição da arquitetura areolar no entorno da mesma, com drenagem de secreção branco- -purulenta por orifício fistuloso. É tabagista (1 maço/dia há 20 anos), faz uso de anticoncepcional oral combinado (drospirenona e etinilestradiol) há 7 anos, G2P2(PN), nega histórico de câncer na família. A principal hipótese diagnóstica é: a) Abscesso subareolar recidivante. b) Galactorreia medicamentosa. c) Eczema de papila. d) Doença de Paget.

A

A questão deseja saber qual é a principal hipótese diagnóstica em uma paciente de 34 anos, tabagista (1 maço/dia há 20 anos), que apresenta ao exame cicatriz no mamilo, com destruição da arquitetura areolar no entorno da mesma, com drenagem de secreção branco-purulenta por orifício fistuloso. Analisando cada uma das alternativas para chegar na resposta da questão. Letra A: correta, pois o abscesso subareolar recidivante consiste em doença congênita da papila em que o epitélio pavimentoso estratificado queratinizado da pele da papila invade o epitélio ductal. Esta invasão implica descamação córnea, obstrução ductal terminal, estase de secreções, infecção secundária, granuloma e/ou abscesso com fistulização para a pele, que coincide com o quadro clínico da paciente. Ocorre principalmente nas mulheres fumantes, dos 35 aos 50 anos. A evolução é lenta. Letra B: incorreta, pois a galactorreia define uma secreção láctea, normalmente bilateral. Sua principal causa é farmacológica e o uso de Anticoncepcionais Combinados Orais (ACO) é uma de suas causas. No entanto, a clínica da paciente não é compatível com esta hipótese diagnóstica. Letra C: incorreta, pois o eczema de papila consiste em lesão descamativa, pruriginosa, normalmente bilateral, que responde bem aos corticoides e não se associa à destruição da arquitetura areolar. Letra D: incorreta, pois a doença de Paget se trata de uma desordem eczematoide do mamilo e da aréola, normalmente unilateral, de evolução lenta, que pode evoluir com lesão da papila, com ausência ou pouco prurido, sem resposta aos corticoides. Sua evolução para ulceração ocorre à medida que se dá a infiltração de células neoplásicas na epiderme. Pode ser acompanhada de descarga serosa ou sanguinolenta. Resposta: letra A.

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Q

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016 (ACESSO DIRETO 1) FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS – RJ 20 – Paciente, 25 anos referindo dor em fossa ilíaca esquerda há 2 meses. Realizou ultrassonografia transvaginal que evidenciou imagem cística heterogênea, 8 cm, sugestiva de cisto dermoide. Após exame, deu entrada na emergência com intensa dor em fossa ilíaca esquerda, PA = 80 x 50 mmHg e vômitos. Toque vaginal extremamente doloroso. Com base no caso acima, qual o provável diagnóstico e conduta? a) Rotura do cisto; drenagem do líquido por punção em fundo de saco. b) Manipulação excessiva pelo ultrassonografista; administração de analgésicos e observação em nível hospitalar. c) Infecção secundária do tumor; antibioticoterapia venosa e observação. d) Torção anexial; laparotomia exploradora com exérese tumoral.

A

A questão deseja saber qual é o diagnóstico mais provável e a conduta mais indicada em uma paciente de 25 anos, com cisto dermoide, de 8 cm, à esquerda, que deu entrada na emergência com dor intensa em fossa ilíaca esquerda, hipotensão (PA de 80 x 50 mmHg), vômitos e toque vaginal doloroso. Na presença de um cisto dermoide, a possibilidade de uma torção anexial (letra D) é muito maior do que sua rotura (letra A). Convém salientar que a torção do pedículo ovariano é comum no cisto dermoide provavelmente devido ao seu elevado conteúdo de gordura. Este excesso de gordura permite que flutuem nas cavidades abdominal e pélvica, dando a sensação de mobilidade ao exame físico e de localização anterior ao útero ocasionalmente. De qualquer forma, podem ser descartadas as hipóteses de manipulação excessiva pelo ultrassonografista (letra B) e infecção secundária do tumor (letra C). A torção anexial é um evento incomum, mas representa uma importante causa cirúrgica de abdome agudo na mulher. A torção do pedículo vascular de um ovário resulta em isquemia e em rápido início da dor pélvica aguda. O quadro clínico apresenta respostas reflexas autonômicas como náuseas e vômitos. Sabidamente, a dor piora com a atividade física e com a mudança de posição. O sinal mais importante é a constatação de uma grande massa pélvica ao exame físico. Pequena elevação da temperatura e leucocitose podem acompanhar o infarto anexial. Deve-se suspeitar do diagnóstico em qualquer mulher com dor aguda e massa anexial. A conduta na torção desencadeada por um tumor ovariano depende da presença de infarto ou necrose. Se o tecido não sofreu infarto, a torção pode ser desfeita e realizada cistectomia (retirada do cisto e de sua cápsula). Se houver necrose, deve ser realizada ooforectomia. A via preferencial para abordagem cirúrgica é a laparoscópica, mas como não há esta opção entre as alternativas, é aceitável indicar laparotomia exploradora com exérese do cisto. Resposta: letra D.