ECO 06 Contas Nacionais Flashcards Preview

Economia da Rafa > ECO 06 Contas Nacionais > Flashcards

Flashcards in ECO 06 Contas Nacionais Deck (62)
Loading flashcards...
1
Q

No sistema de contas nacionais, a conta de produção apresenta o resultado do processo do valor bruto da produção a preços básicos, obtido pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário.

A

O produto interno buto é exatamente a diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário. A farinha que produz o pão não pode ser computada no cálculo do produto interno bruto porque o pão já o é, por exemplo.

2
Q

No sistema de contas nacionais, a conta de uso da renda descreve como os setores institucionais aplicam a renda disponível em consumo e poupança.

A

Está certa pessoal!

3
Q

O conceito de produto interno bruto a preços de mercado (PIBpm) avalia a riqueza gerada no país pelo valor que possui a preços transacionados no mercado, preços ao consumidor final. Neste sentido, o conceito deve considerar todos os valores incidentes e deduzidos no preço final do produto agregado da economia. Neste sentido, o PIBpm é a soma entre o consumo e investimento privado e público e as exportações líquidas, somadas ao valor dos impostos indiretos e deduzidas do valor dos subsídios.

A

Os impostos indiretos devem ser considerados, pois fazem parte do valor do consumo final da produção agregada da economia. Já os subsídios, não: como representam uma redução no valor final da produção agregada (benefício concedido pelo governo ao setor privado), deve ser considerado como sinal negativo na contabilização do PIBpm.

Por fim, a depreciação deve ser deduzida, a fim de encontrarmos o valor pelo conceito líquido (caso ela não fosse deduzida, chegaríamos ao valor pelo conceito bruto).

OS IMPOSTOS DEVEM SER SOMADOS!!! SUBSÍDIOS E DEPRECIAÇÕES TAMBÉM!

4
Q

O Produto Nacional Bruto (PNB) representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real.

A

O Produto Nacional, assim como o Produto Interno, é calculado a preços correntes e representa os bens e serviços finais.
Por sua vez, o deflator é a medida que nos dá a variação ocorrida no produto apenas devido à variação no nível de preços.
Assim, o deflator é obtido pela razão entre o produto nominal e o produto real, seja ele nacional ou interno, bruto ou líquido.

5
Q

Por definição, investimento é a aquisição de bens de produção ou bens de capital que visam aumentar a capacidade produtiva da economia.

A

Pelo sistema de contas nacionais, o investimento é dado pela soma da formação bruta de capital fixo – aquisições de máquinas, equipamentos e edifícios – e a variação de estoques.

6
Q

Contabilmente, a depreciação corresponde à parcela dos bens de capital que é consumida a cada período produtivo.

A

Dado que uma parte da produção é destinada a repor o que foi depreciado e que nem toda produção de bens de capital corresponde a um novo investimento, infere-se que se a depreciação pode ser maior do que a acumulação de capital se a taxa de variação do primeiro for superior a taxa de variação do segundo.

7
Q

A carga tributária corresponde à razão entre

A

arrecadação total de tributos e impostos e o valor do produto interno bruto (PIB) num dado período de tempo.

8
Q

Numa economia aberta, as seguintes identidades são válidas:

Y=C+I+G+X−M

PNB=PIB−RLEE

A

Em que Y representa o PIB, C representa o consumo das famílias, I representa os investimentos, G representa os gastos do governo, X o valor das exportações, M o valor das importações, PNB é o produto nacional bruto e RLEE é a renda líquida enviada ao exterior.

9
Q

No cálculo da poupança externa, não se incluem aumentos ou diminuições das reservas cambiais do país.

A

Com base no sistema de contas nacionais pode-se descrever uma economia aberta sob a ótica da utilização da renda e da distribuição das despesas podem ser representadas, respectivamente, da seguinte forma:
Y=C+S+T
Y=C+I+G+X−M
PNB=PIB−RLEE

10
Q

Na compra de um imóvel usado não ocorre elevação no consumo das famílias no cálculo do PIB.

A

O PIB é calculado com base no valor da produção/despesa/renda agregada. Como a questão informa que ocorreu a aquisição de um imóvel usado, não houve geração de valor agregado, mas tão somente a aquisição de um bem produzido anteriormente.

11
Q

V ou F?

Um bem produzido em 2012 e vendido em 2013 contribui para o PIB de 2012.

A

O bem produzido em 2012, mas consumido apenas em 2013, não é considerado no cálculo do PIB em 2012, pois ele representa uma variação de estoque neste ano, mas não demanda efetiva. Ou seja, para ser contabilizado no PIB, o referido bem tem de ser demandado.

12
Q

Nas contas nacionais, os desembolsos das famílias relativos à aquisição de casa própria nova são computados na formação bruta de capital fixo.

A

Segundo a metodologia do IBGE, a aquisição de imóveis novos é considerada como formação bruta de capital fixo. Ou seja, adquirir imóveis é uma forma de investimento, do ponto de vista do IBGE.

13
Q

O PIB a preços de mercado (PIBpm) deriva do valor da produção final agregada somada aos impostos indiretos e deduzido do valor dos subsídios.

A

Ou seja, não há renda envolvida.

14
Q

A compilação de um sistema de contas nacionais é orientada por um conjunto de normas contábeis, princípios econômicos e convenções que possibilitam a emissão de recomendações sobre a compilação de suas variáveis; o que permite a descrição dos fluxos e estoques existentes numa determinada economia, de forma coerente e comparável.

A

“A contabilidade nacional (ou contabilidade social) tem como objetivo mensurar a totalidade das transações econômicas do país (ou região).”

“O desenvolvimento dessas técnicas de mensuração tem contribuído de forma decisiva para a análise macroeconômica, tornando possíveis testes empíricos e análises quantitativas ou mesmo qualitativas mais próximas da realidade”.

15
Q

Um dos princípios da contabilidade nacional é o equilíbrio externo do sistema, segundo o qual cada lançamento devedor em uma conta deve corresponder igualmente ao lançamento credor em outra.

A

Princípio das partidas dobradas. “A contabilidade nacional procura retratar o desempenho real de uma economia em determinado período de tempo, por um sistema de contas que obedeça a dois princípios: a) o do equilíbrio interno de cada conta, onde o total dos débitos deve igualar o total dos créditos; b) o do equilíbrio externo do sistema, segundo o qual a cada lançamento devedor numa conta deve corresponder igual lançamento credor em outra. Esses princípios seguem as regras gerais da contabilidade geral, baseadas no sistema de partidas dobradas inventado em 1494 por Luca Pacciolo.”

16
Q

A renda bruta das empresas pode ser dividida em dois blocos e logicamente que não podemos desconsiderar a parcela da renda que é destinada a indivíduos.
De um lado, tem-se o lucro que é retido somado à depreciação.
De outro, temos aquela parte da renda bruta que se destina a salários, distribuição de lucros e pagamento líquido de juros e alugueis.

A

“A geração de renda bruta pela empresa compreende dois blocos. Primeiro a renda bruta que fica na empresa, igual aos lucros retidos mais depreciação. Segundo, a renda paga aos indivíduos, igual a salários, mais lucros distribuídos mais alugueis, mais juros pagos menos juros recebidos. É importante sublinhar que os juros pagos pelas empresas aos indivíduos entram no cálculo da renda pessoal pelo seu saldo. A razão básica é evitar dupla contagem.”

17
Q

Em uma economia aberta sem governo, o produto nacional bruto é igual ao somatório de salários, de juros líquidos pagos a indivíduos, de aluguéis pagos a indivíduos, de lucros distribuídos, de depreciações e de lucros retidos.

A

O produto nacional bruto é por definição igual a renda nacional bruta.
E a renda é dada exatamente pelo total das remunerações dos fatores de produção.
A renda nacional bruta compreende o total das remunerações do capital (juros e lucro), da terra (aluguel) e do trabalho (salários).
No que tange aos lucros, poderíamos dividir a renda da empresa em lucros retidos, lucros distribuídos e depreciação.
Assim, temos que o produto nacional bruto é igual ao somatório de salários, de juros líquidos pagos a indivíduos, de aluguéis pagos a indivíduos, de lucros distribuídos, de depreciações e de lucros retidos.

18
Q

O cálculo da formação bruta de capital fixo inclui o valor da produção de máquinas e equipamentos.

A

Esses são os exemplos clássicos de formação bruta de capital fixo. Máquinas e equipamentos são aqueles bens que elevam a capacidade produtiva da economia:

  • Elevam sua capacidade de oferta.
  • Por isso são tratados como investimento, mais especificamente como formação bruta de capital fixo.
  • Incrementam a capacidade instalada da economia.
19
Q

V ou F?
A instalação de bens de capital e o gasto com a transmissão de propriedade de terreno são calculados, no PIB, como consumo das famílias.

A

Falso!
De fato, quando compramos um terreno, isso é computado como consumo das famílias. O que ocorre é que a instalação de bens de capital representa um investimento, mais especificamente a formação bruta de capital fixo. Trata-se de uma aquisição que eleva a capacidade instalada da economia. Eleva-se a capacidade de oferta nos períodos seguintes.

20
Q

O valor gasto com despesa médica em hospital público não faz parte do consumo das famílias, mas dos gastos do governo.

A

Se o hospital é público, as despesas nele geradas são arcadas pelo governo.

21
Q

Sabemos que o PIB a preços de mercado é igual ao PIB a custo de fatores mais os impostos indiretos menos os subsídios.

Formalmente:

PIBpm=PIBcf+II−S

A

O que ocorre é que estamos falando dos impostos indiretos (aqueles que afetam os preços de mercado) e não dos impostos diretos.

22
Q

No sistema de contas nacionais, o produto interno bruto a preço de mercado é igual à despesa interna bruta.

A

Em contabilidade nacional, aprendemos que renda = produto = despesa agregada.
Se estamos medindo em termos “internos” e “brutos”, a igualdade se mantém.
Ou seja, produto interno bruto = despesa interna bruta.
É claro que esta despesa é medida em termos de bens e serviços finais.
Assim sendo, estamos fazendo o cálculo a preços de mercado e não a custo de fatores.
Logo, a igualdade se mantém se computamos também o produto interno bruto a preços de mercado.

23
Q

Onde há somente unidades produtoras e consumidoras estamos nos referindo a uma economia com firmas e consumidores tão somente.

A

Neste caso, o produto agregado é necessariamente igual à renda agregada.

24
Q

Considerando-se a perspectiva da renda, o produto interno bruto a preços de mercado pode ser decomposto em renda pessoal disponível, renda bruta disponível das empresas, renda líquida do governo e renda líquida enviada ao exterior.

A

Reparemos que toda a riqueza gerada no país está resumida nestas quatro remunerações dos fatores de produção aqui aplicados.

Reparemos que utilizamos o termo “disponível” para a renda pessoal e para a renda das empresas porque esta renda deve estar calculada depois dos impostos sobre a renda, por exemplo. Isso porque o imposto de renda faz parte da renda líquida do governo. Caso contrário, estaríamos incorrendo em dupla contagem. Por fim, a renda líquida enviada ao exterior deve ser computada porque se trata de renda gerada dentro do país (portanto produto interno) que está remunerando fatores de produção estrangeiros.

25
Q

Produto agregado consiste na soma de todos os bens e serviços finais produzidos na economia durante determinado período de tempo.

A

O conceito de produto agregado ou de produto interno bruto consiste exatamente na soma de todos os bens e serviços produzidos na economia durante determinado período.

26
Q

V ou F?
As famílias destinam ao consumo e à poupança a renda disponível, e não a renda total, ainda que o governo não participe da economia.

A

Está errado, pessoal!
Só faz sentido falar em “renda disponível” se há governo na economia.
Isso porque a renda disponível é aquela parte da renda das famílias que não é tributada.
Ou seja, é a renda líquida do imposto de renda.
Assim, se estamos tratando de um modelo sem governo, a renda disponível será a própria renda total e, aí sim, a destinação da renda das famílias será apenas à poupança e ao consumo.

27
Q

A renda agregada é sempre igual ao produto agregado.

A

São três as chamadas ópticas de medição do produto e que são iguais por definição.
Duas delas são a renda agregada e o produto agregado.
O produto agregado nada mais é do que o valor da produção final ou a soma dos valores adicionados em todas as etapas da produção.
A renda agregada, por sua vez, é a remuneração dos fatores de produção, ou seja, a soma de salários, lucros, juros e aluguéis.
Para entendermos porque renda e produto agregados são iguais, basta que pensemos que o valor da produção é completamente dividido na remuneração destes quatro fatores.
Assim, se a produção de uma economia num determinado período foi de $ 1000, a soma entre salários, juros, lucros e aluguéis neste mesmo período é necessariamente igual a $ 1000.

28
Q

Ao se compararem os conceitos de renda pessoal e renda pessoal disponível, é possível concluir que a renda pessoal inclui contribuições previdenciárias e transferências para indivíduos, ao passo que a renda pessoal disponível considera o impacto negativo do imposto de renda.

A

A renda nacional nada mais é do que o produto nacional líquido a custo de fatores.
A renda pessoal, por sua vez, é a renda nacional menos os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos sobre as empresas e outras receitas do governo (contribuições e FGTS), somando-se as transferências governamentais.
A renda pessoa disponível é a renda pessoal deduzidos os impostos diretos sobre as famílias.

29
Q

Na macroeconomia, quando se avaliam as relações que se estabelecem entre produto, renda, consumo e investimento, pressupõe-se que todo produto será vendido.

A

Nas análises macroeconômicas iniciais e nas manipulações das contas nacionais, manipulam-se as variáveis sempre levando em conta que o produto é todo vendido. Até por isso, se pode chegar a uma identidade muito utilizada em macroeconomia que permite varias identidades nas contas nacionais. Por exemplo, temos que numa economia fechada e sem governo o investimento é igual à poupança. Isso ocorre porque partimos do pressuposto que a produção será toda vendida. Assim, Y (produção) = DA (demanda agregada)

30
Q

A demanda agregada representa o total de bens e serviços considerado em todos os níveis de preços, o que corresponde ao produto interno bruto quando os níveis de estoque estão fixos.

A

De fato, a demanda agregada é o total de bens e serviços adquiridos considerando-se todos os níveis de preço.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos num determinado local em um período (normalmente o ano civil).
Também é verdade que a demanda agregada equivale ao produto interno bruto, desde que os estoques estejam fixos.

31
Q

A diferença básica entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Produto Nacional Bruto (PNB) é que o PIB mede o produto gerado dentro das fronteiras do país tanto por cidadãos quanto por estrangeiros, ao passo que o PNB mede o produto gerado pelos cidadãos do país, independentemente de sua localização no mundo.

A

PNB = PIB + RLEE, onde RLEE = renda líquida enviada ao exterior
A renda líquida enviada ao exterior ocorre quando o envio de salários, lucros, juros e alugueis ao exterior é maior que a quantidade recebida.
Pode acontecer o contrário quando houver renda líquida recebida do exterior, caso em que o PNB é maior que o PIB.
No caso de uma firma estrangeira gerar lucros no Brasil e enviá-los ao exterior, o PIB do Brasil aumenta, ao passo que o PNB não se altera.
Já no país que recebe os lucros, há um aumento do PNB, ao passo que o PIB não se altera.

32
Q

A depreciação é levada em conta na ótica da renda, quando somamos as remunerações dos fatores de produção e a depreciação.

A

Na ótica da despesa, medimos o PIB pela seguinte equação:

Y = C + I + G + X – M, em que:

Y = produto;
C = consumo das famílias;
I = investimento;
G = consumo do governo;
X = exportações; e
M = importações.
33
Q

Nas contas nacionais, trata-se como investimentos aqueles gastos que permitem uma maior oferta de bens e serviços no futuro.
Assim, a compra de uma máquina ou equipamento por uma indústria é um caso clássico de investimento.
Quando uma pessoa compra uma casa ou um carro isso é tratado como consumo pelas contas nacionais.

A

Vejamos, senão, a definição de Ana Cláudia Além em Macroeconomia:

“O investimento total da economia corresponde à formação bruta de capital (FBC), que, por sua vez, se divide em formação bruta de capital fixo (FBCF) e variação de estoques (ΔE). A FBCF é o conceito de investimento por excelência porque reflete diretamente a destinação de bens e serviços para o aumento da capacidade produtiva do país. A FBCF inclui as máquinas e equipamentos e a construção civil. São exemplos de capital fixo as máquinas de costura das confecções de roupas e calçados, os fornos das siderúrgicas, os caminhões que fazem serviço de frete, as estradas de ferro, as rodovias etc.”

34
Q

A diferença entre o produto nacional bruto (PNB) e o produto interno bruto (PIB) é dada pela renda líquida enviada ao exterior (RLEE):

PIB = PNB + RLEE

A

Assim, caso o país envie renda líquida ao exterior (RLEE > 0), PIB > PNB, ou seja, o PIB será maior que o PNB.

35
Q

A identidade macroeconômica em uma economia aberta e com governo que mede o valor do PIB é a seguinte:

Y = C + I + G + (X-M) ==> produto = consumo + investimentos + gastos do governo + saldo em transações correntes

Como I = FBKF + Variação de Estoques, temos que:

Y = C + FBKF + Variação Estoques + G + (X-M) ==>

A

Deste modo, os estoques acumulados em 2012 são contabilizados como investimento e fazem parte do PIB em 2012, não em anos que forem comercializados.

36
Q

O PIB a preço de mercado é equivalente ao PIB a custo de fatores adicionado dos impostos indiretos e deduzido dos subsídios.

A

Os Impostos Indiretos e Subsídios originam a diferença entre o PIB medido a custos de fatores e o PIB a preços de mercado.

O conceito de custo de fatores inclui os Subsídios e exclui os Impostos Indiretos (é chamado custo porta de fábrica). Já a valoração a preços de mercado inclui os impostos indiretos líquidos, ou seja, o valor pago a título de impostos indiretos deduzido do valor de subsídios (igual ao preço ao consumidor).

Algebricamente:

PIBpm = PIBcf + IMPOSTOS INDIRETOS - SUBSÍDIOS

37
Q

Conceito do PIB:

A

“é a soma do valor dos bens e serviços finais produzidos em uma economia em um período de tempo”.

38
Q

O PIB também considera um período de tempo, ou seja, trata-se de uma variável fluxo.

A

Uma variável fluxo é aquela que considera um determinado período de tempo, que conta com um início e um fim. Por outro lado, existe uma variável denominada estoque, que não considera um período.

39
Q

Segundo a teoria macroeconômica, as transferências devem ser desconsideradas dos gastos governamentais para efeito de cálculo da participação do governo no produto interno bruto (PIB).

A

Quando calculamos o PIB pela ótica do dispêndio agregado, medimos a demanda agregada de cada grupo de agentes econômicos da região.
Formalmente, temos:
PIB = C + I + G + (X-M)
Reparemos que “G” significa consumo do governo.

40
Q

A poupança bruta é igual ao investimento de uma economia. Além disso, sabemos que o investimento é dado justamente pela formação bruta de capital fixo acrescida da variação de estoques e de ativos financeiros, líquido de passivos.

A

Assim, como S = I e I = FBKF + dEA, em que:
S = poupança bruta;
I = investimento;
FBKF = formação bruta de capital fixo e;
dEA = variação de estoques e de ativos financeiros, líquido de passivos.
Temos necessariamente que S = FBKF + dEA.

41
Q

Para efeito do Balanço de Pagamentos, utiliza-se os preços FOB (free on board) tanto para exportações como para importações.Isso porque as despesas com seguros e fretes são computadas na balança de serviços.

A

Para efeitos do sistema de contas nacionais, no entanto, utiliza-se exportações e importações CIF (cost, insurance and freight), afinal não faz sentido excluir o valor pago em seguros e fretes quando se está analisando o valor das importações, por exemplo.

42
Q

De fato, podemos definir o balanço de pagamentos como o registro sistemático das transações econômicas realizadas em um período de tempo entre residentes e não residentes de um país.

A

Os imigrantes e as filias de empresas estrangeiras instaladas no país também são considerados residentes.
Podemos dividir em quatro grupos aqueles que são considerados residentes no país:
a) as pessoas físicas, sejam nacionais ou não, cujo centro de interesse é o país;
b) as firmas instaladas nesse país, sejam nacionais ou não;
c) as embaixadas do país;
d) os órgãos do Governo do país, tanto em nível federal, estadual e municipal e do Executivo, Legislativo e Judiciário.

43
Q

Os agregados macroeconômicos podem ser obtidos a partir de certas operações, tais como a formação bruta de capital fixo; ou podem ser decorrentes da adição de saldos de setores institucionais, que têm como exemplo a renda disponível.

A

Sabemos que o investimento, por exemplo, é dado pela soma entre formação bruta de capital fixo e variação dos estoques.

Assim, se deduzirmos a variação dos estoques do total de investimento, então teremos a formação bruta de capital fixo.

Os setores institucionais, por sua vez, são o as empresas, o governo e as famílias.

Através desta classificação, consegue-se saber como a renda é obtida e distribuída na economia.

É aquilo que fazemos, por exemplo, quando estudamos em macroeconomia o fluxo circular da renda.

A renda disponível advém destes conceitos, já que consiste na renda das famílias subtraindo-se os impostos diretos que incidem sobre elas, como o imposto de renda.

44
Q

O produto interno bruto mede o valor agregado de todos os bens e serviços finais no território nacional.
É exatamente por este motivo, de ser uma mensuração territorial, que não há a distinção no PIB entre o emprego de recursos de residentes e de não residentes.

A

Esta distinção é feita na mensuração do Produto Nacional Bruto.
O Produto Interno Bruto do Brasil computa, por exemplo, a produção gerada por uma multinacional instalada aqui.

45
Q

O PIB a custo de fatores equivale ao PIB a preços de mercado, deduzidos os tributos indiretos e somados os subsídios.

A

O que se quer saber com o PIB a custo de fatores é o quanto da produção gerada se destinou à remuneração dos fatores de produção (capital, trabalho e terra).
O que ocorre é que os preço de mercado (aqueles pelos quais os bens são vendidos e compradas), são compostos também por subsídios e tributos indiretos, variáveis que não envolvem remuneração de fatores.
Assim, como o tributo indireto está embutido no preço e o faz mais caro, este deve ser deduzido no cálculo do produto a custo de fatores.
Neste caso, o subsídio age como um imposto indireto negativo, deixando o bem mais barato do que de fato seria para remunerar os fatores de produção.

Logo, o PIB a custo de fatores é dado formalmente por:

PIBCF=PIBPM–II+S

46
Q

V ou F?
m uma economia aberta com governo, o agregado interno é igual ao agregado nacional, acrescido da renda líquida enviada ao exterior. Por outro lado, o agregado a custo de fatores corresponde ao agregado a preços de mercado, acrescido dos impostos indiretos, subtraindo-se os subsídios.

A

Está errado, pessoal!
De fato, o agregado interno é igual ao agregado nacional mais a renda líquida enviada ao exterior.
Calculando em termos de produto, teríamos:
PIB=PNB+RLEE
Ocorre que a assertiva erra na segunda relação proposta.
Ali temos o contrário.
Em verdade, o agregado a custo de fatores é dado pelo agregado a preços de mercado acrescido dos subsídios e subtraindo-se os impostos indiretos.
Assim, teríamos:
PIBCF=PIBPM–II+S

47
Q

V ou F ?

No cálculo do PIB, produtos importados usados são considerados como investimentos.

A

Verdadeiro, pessoal!
Os investimentos são dados pela soma entre formação bruta de capital fixo e pela variação de estoques.
Produtos importados usados são computados como formação bruta de capital fixo.
Senão, vejamos definição do próprio IBGE:
“A formação bruta de capital fixo inclui o valor da aquisição de bens de capital novos, da importação de bens de capital usados e as aquisições, líquidas de cessões, de bens de capital já existentes na economia nacional.”

48
Q

V ou F?
A produção agropecuária com ciclo de produção de trinta e seis meses é computada no cálculo do produto interno bruto (PIB) apenas no momento do abate dos animais.

A

Falso!
Para o cálculo do valor da produção do produto bovinos vivos, foi elaborado modelo com objetivo de mensurar o ciclo de produção que compreende o período do nascimento ao abate, ou seja, durante todo o ciclo produtivo. Para esse cálculo, foram consideradas algumas variáveis: o nascimento efetivo (a quantidade de animais nascidos menos a quantidade de animais vitimados de morte natural no ano); o crescimento que corresponde à fase de engorda dos animais (peso dos animais para o abate); o preço da arroba; e o tempo de crescimento para o abate (36 meses).”

“Modelo: Produção = Nascimento efetivo x ganho de peso x preço da arroba do animal vivo.”

49
Q

V ou F?

Na ótica da produção, os serviços domésticos remunerados entram no cálculo do produto interno bruto brasileiro.

A

FALSO!
De fato, os serviços domésticos remunerados entram no cálculo do PIB. Mas isso não se dá pela ótica da produção. Na ótica da produção, o que é relevante para o cálculo do PIB é o valor adicionado (ou valor agregado) por cada firma individual. Os serviços domésticos remunerados não entram aqui. Estes seriam computados na ótica do dispêndio agregado, por exemplo, afinal houve um gasto com tal serviço.
Da mesma forma, também seriam computados na ótica da renda por se tratar de um salário, por exemplo.

50
Q

O PIB calculado sob a ótica da renda pode ser expresso através da soma dos rendimentos dos fatores produtivos da economia (salários e lucros), considerando adicionalmente o valor dos alugueis e juros. Todos estes fatores são considerados na obtenção do PIB pela ótica da renda.

A

O PIB pela ótica da renda é calculado através da Conta Geração da Renda. Esta conta decompõe o PIB de acordo com o pagamento dos fatores produtivos, ou, visto de outro lado, como os fatores produtivos contribuem para a geração do PIB.
O PIB é utilizado como Recurso e, digamos, “destrinchado” em termos de renda.

51
Q

Parte do PIB refere-se à remuneração do fator trabalho, residente ou não-residente. Parte é destinado ao pagamento de impostos indiretos livre de subsídios. A outra parte é destinada ao Excedente Operacional Bruto.

A

O Excedente Operacional Bruto pode ser entendido como o lucro bruto das companhias. Deste modo, após a apuração do PIB e o pagamento de impostos indiretos livre de subsídios, dos empregados e dos autônomos, chega-se ao lucro bruto. Nele deve estar necessariamente incluído: o lucro líquido, os impostos diretos sobre a pessoa jurídica (impostos sobre lucros e derivados), lucros retidos, lucros distribuídos aos acionistas e a depreciação. Similaridades com a contabilidade empresarial não são mera coincidência.

52
Q

As tabelas de recursos e usos (TRU), que representam as operações de produção, importação e consumo (intermediário e final) por atividade econômica, apresentam como saldo o valor adicionado e, consequentemente, o produto interno bruto (PIB) do país.

A

Pela definição do Sistema de Contas Nacionais, definido pela ONU e utilizado pelo IBGE, as Tabelas de Recursos e Usos fornecem estimativas, a preços correntes e constantes do ano anterior, da oferta e demanda de bens e serviços desagregadas por produtos.

Ou seja, representa separadamente as operação de produção interna, produção externa que compõe a oferta interna (importações), consumo intermediário e consumo final, como afirmado pela questão.

53
Q

As contas econômicas integradas, constantes do Sistema de Contas Nacionais do Brasil, consistem nas contas de fluxos inter-relacionados, as quais são detalhadas por setor institucional e incluem empresas financeiras, empresas não financeiras, administração pública e famílias.

A

Mostram, também, as relações entre a economia nacional e o resto do mundo. As Tabelas de Recursos e Usos fornecem estimativas, a preços correntes e constantes do ano anterior, da oferta e demanda de bens e serviços desagregadas por produtos. As tabelas de produção e de consumo intermediário mostram os bens e serviços produzidos e consumidos pelas atividades econômicas. As tabelas de recursos e usos contêm os componentes do valor adicionado e o total de pessoas ocupadas, por atividade econômica, a partir de estatísticas primárias (demografia, agropecuária, indústria, comércio, serviços, construção civil, transportes etc.), originárias do IBGE e de outras instituições.”

54
Q

No sistema de contas nacionais trimestrais do Brasil, calculadas pelo IBGE, são determinadas duas séries de números-índices, uma com base no ano anterior e uma encadeada com referência em 2010.

A

“Contas Nacionais Trimestrais

Apresenta os valores correntes e os índices de volume (1995=100) trimestralmente para o Produto Interno Bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços. São calculadas duas séries de números-índices: a com base no ano anterior e a encadeada com referência em 2010 (1995 = 100). A série encadeada é ajustada sazonalmente pelo X13-ARIMA possibilitando o cálculo das taxas de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.”

55
Q

A medida que permite avaliar a trajetória de crescimento econômico é o PIB real. Este representa a métrica de produto a preços contantes a partir de determinado ano-base.

A

O PIB nominal também é afetado pela evolução dos preços. Assim, se num determinado período, a inflação for de 10% e não houver elevação da produção, o PIB nominal crescerá 10%, mas reparemos que não houve aumento da produção de fato.

56
Q

Para não cometer o erro denominado “ilusão monetária”, o diplomata deve informar, em seu relatório, o PIB real do país, em vez do nominal, dos últimos cinco anos.

A

Para deflacionar esses números, o diplomata deve utilizar o deflator (implícito) do PIB, que é calculado pelo quociente entre o PIB nominal e o PIB Real, medido a preços constantes.

57
Q

O deflator do PIB consiste em uma medida de preço e, por ser calculado pela divisão do PIB nominal pelo PIB real, proporciona informações semelhantes às do índice de preços ao consumidor.

A

O deflator implícito é utilizado como denominador do Produto Nominal para que se possa chegar ao Produto Real, ou seja, para que se desconte o efeito da alta dos preços na medição do produto de país ou região.
A fórmula é bem simples:
Produto Real = Produto Nominal/Deflator Implícito

58
Q

O deflator implícito do PIB é uma medida do nível geral de preços que, inicialmente, mensura a quantidade (PIB real) para, posteriormente, comparar a variação do PIB em termos do valor da moeda a preços do período corrente e do período base.

A

O objetivo do deflator é exatamente comparar a variação do PIB em termos do valor da moeda a preços do período corrente e do período base.

Com isso, se consegue separar a variação real do produto da variação gerada apenas pela variação do nível de preços.

59
Q

O PIB expresso a preços correntes aumenta ao longo do tempo, basicamente, devido à elevação na produção dos bens como um todo e ao aumento dos preços dos bens produzidos.

A

Este é aquele que chamamos de PIB nominal, o PIB medido a preços correntes.

O PIB nominal tende a aumentar ao longo do tempo devido à combinação de dois fatores: o crescimento real da produção e a elevação do nível de preços na economia.

Ainda que possa haver anos de recessão (queda real da produção), é razoável supor que esta tende a crescer ao longo do tempo.
Para que o PIB a preços correntes caia deve haver uma combinação entre deflação e recessão.

60
Q

Índice oficial de preços adotado pelo BACEN para fins de cumprimento da meta inflacionária:

A

IPCA - índice nacional de preços ao consumidor amplo

61
Q

Nas contas nacionais, os desembolsos das famílias relativos à aquisição de casa própria nova são computados na formação bruta de capital fixo.

A

Segundo a metodologia do IBGE, a aquisição de imóveis novos é considerada como formação bruta de capital fixo. Ou seja, adquirir imóveis é uma forma de investimento, do ponto de vista do IBGE.

62
Q

Ao se compararem os conceitos de renda pessoal e renda pessoal disponível, é possível concluir que a renda pessoal inclui contribuições previdenciárias e transferências para indivíduos, ao passo que a renda pessoal disponível considera o impacto negativo do imposto de renda.

A

A renda nacional nada mais é do que o produto nacional líquido a custo de fatores.
A renda pessoal, por sua vez, é a renda nacional menos os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos sobre as empresas e outras receitas do governo (contribuições e FGTS), somando-se as transferências governamentais.
A renda pessoa disponível é a renda pessoal deduzidos os impostos diretos sobre as famílias.